quinta-feira, 26 de dezembro de 2013


Análise

 Coisas ruins são cognitivas ao pensamento,  e quando colocadas de forma subliminar nem

mesmo o mais sábio conseguirá assimilar uma lógica por trás da astúcia autoral, é tudo tão

superficial e amedrontador que as mais frágeis e belas expressões artísticas são tomadas para

si mesmo em formas representativas de sensações de prazer humano e é desfrutado por sede

harmoniosa e estéril.
 Ou seja, coisas ruins possuem poder energético sobre os quais é de responsabilidade do

próprio ser decidir sobre qual lado deve ser sugado para si, cada lado possui sua própria

consequência que é convertida em energia inexistente num corpo. O medo exprime funções

muito além da capacidade de discernimento humano, é como se tudo que fosse indiferente de

sua essência se transformasse em adernos hostis ao corpo reprimido.
  O medo possui camadas de silencio para se esconder dos mais frágeis infelizes que

desfrutam da sua capacidade de desentendimento, suas consequências ecoam por passagens

inalcançáveis e inacabadas é como se não houvesse sequer explicação, mas pelo contrario, o

medo é uma das coisas mais belas de que o ser humano pode ser tomado.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

 Primeiro, segunda e terceiro 

As luzes coloridas já estão me enlouquecendo, e as canções natalinas ainda mais, é estranho estar sozinha no natal, porém é agradável ter boas companhias, mesmo que de um gato peludo e ranzinza, mais que nunca me abandonou, ao contrario de vocês três.
 Como sempre esta chovendo, odeio mais ainda o natal quando chove, mais a ideia de calor também é insuportável, ou seja esta melhor assim, uma pitada de depressão natalina em minha vida deprimente, ironias da vida. A cidade esta deserta, fico imaginando as pessoas reunidas naquela hipocrisia que só o natal pode dispor, pessoas que se odeiam derrepente fingem estarem felizes umas com as outras, mais no fim só estão decepcionadas e frustradas demais para lidarem com isso.
 Eu como sempre estou isolada, não que eu seja melhor que ninguém só não quero mais fingir, está ai um verbo que acaba com coisas que podem ser mágicas, e sim eu não acredito na magia do natal, eu não espero mais um príncipe saído das profundezas do paraíso que vai salvar o natal,  no final também não vai tocar uma musica magica nem nada, enfim eu só estou na minha como sempre, índie no velho rádio de pilha, cappuccino na caneca com desenho brega comprada naquela velha feirinha de hippies e meu casaco azul que imita flocos de  neve, sou eu, sem ter que ficar diferente de mim só para agradar pessoas que eu não quero nem ver, não vale a pena ver ninguém.
 Nunca vou direto ao ponto, mais é que não existe ponto especifico porque só estou aqui escrevendo palavras ao vento, só queria me despedir dos três da maneira correta, não que eu vá me suicidar, sou muito depressiva para tal ato de coragem extrema, mais é que passei muito tempo tentando me enganar dizendo que vocês saíram da minha cabeça, mais era mentira até então, e como sou uma solitária cheia de rituais, prefiro me despedir com um ritual também, o ritual dos três, e o irônico é saber que nenhum dos três foi meu de verdade, enfim só quero poder fazer algo que me contente em relação as histórias frustrantes da minha vida, então aqui vai.
 O primeiro, que não foi primeiro nem segundo, só foi um de um tempo, eu confesso que sou um pouco mais complicada e cheia de complexos mais ele também não aparentava bater muito bem da cabeça, é bom saber que posso rir um pouco de alguém um pouco pior que eu, a gente mal se falou, e isso foi o suficiente para eu entender o que é acreditar, e ai vai  a lição dos contos de fadas da Disney, não confie em quem nem questiona uma mentira evidente. Eu encontrei você a pouco tempo, e só então percebi que somos inocentes, mais sou amarga demais e um dos meus ideais é que segundas chances não devem acontecer, quero dizer se alguém já te magoou parta para outra e siga seu caminho, e assim eu me despeço de você primeiro, até a próxima esbarrada na rua, mais dessa vez nem vou mais me lembrar, porque nesse momento você está virando fumaça, esse é meu ritual, essa sou eu.
 A segunda, sim é segunda no feminino, sou do tipo que acredita no amor, velha romântica, que sempre se ferra por acreditar, e que já está se cansando disso, mais com você foi diferente porque eu fui quem te magoou, devia ter te levado mais a sério, tanto é que já escrevi uns dez textos tentando me retratar, sinto pois sei que você nunca lerá nenhum, mais não vou ficar chorando por isso, eu te magoei, fui covarde, uma verdadeira bitch, eu amo essa palavra me traduz de diversas formas, mais você também foi uma garota má no final, não vou te culpar por isso e também não pedirei desculpas por ter sido medrosa só queria mais coragem, mas sinto que seria uma coragem ao errada tentar ser outra pessoa. Ficava imaginando realidades muito menores do que eu realmente quero quando estava com você, desisti de ser alguém e isso fez eu perceber que estava morrendo por dentro, o que quase me matou, portanto adeus, tudo de bom, e obrigada por me ensinar tanta coisa.
 Agora o terceiro... ai o terceiro... Meus caros leitores eu não vou me importar com regras ortográficas por simplesmente ser péssima nessa matéria, então se contentem com essa grafia erronia uma verdadeira lástima, vou até mudar a musica agora vou colocar um jazz regado a bebida forte numa noite em New York, uma noite frustrante para falar a verdade.
 Eu realmente gostava de você, daquele jeito sabe, de ficar nervosa e tudo mais, só que como nos filmes me tornei sua amiga e me ferrei, e para piorar minha melhor amiga era muito linda e perfeita perto de mim ai é que a burrada está feita, junta com o meu mal humor e meu anti-socialismo e pronto a fórmula perfeita para detonar um relacionamento, bem foi isso né, agora sim posso dizer, o terceiro me enganou muito bem, com chuva e teias de aranha (se algum dia você ler terceiro, vai entender muito bem), e no final acho que tinha um pouco de vergonha por eu ser tão esquisita perto do tipo ideal, (esse texto ta muito adolescente). Não sei como me despedir, estou feliz, quero que saiba, apesar de complicada eu consigo ser tão feliz como Buda rindo com seus rins, outra coisa que você deveria saber é que naquela noite, a última, eu fiquei aliviada porque entendi de vez que tinha acabado e já estava cansada de tentar, isso é tão frustrante quanto não tentar, no final nem consigo me expressar muito bem sobre você, porque eu gosto disso, encerar de maneira discreta silenciosa, pelos cantos, e realmente nunca mais voltar.
 Primeiro, segunda, e terceiro, muito obrigada, pois sem vocês minha vida não seria tão perfeita assim, e finalmente, depois de muitos finais, Adeus, virem fumaça, e no meu ritual imaginário do natal  nunca mais voltem... 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013


                               Não pare de chover


 Por favor não pare de chover, não agora, ainda preciso de mim, ainda preciso me lembrar dos sonho que foram esquecidos, da paz que foi embora, cadê eu?
 Não se feche em um mundo esquecido continue aqui, comigo, por favor não pare de chover, venha a meu encontro, sorria de novo, faça eu me sentir como quando ainda estava chovendo, o som do piano ainda está gravado? Ou será só ilusão, se eu nasci para sentir, porque os sentimentos me abandonaram, onde estou? Perdida entre o que me aprisionei? Será isso, não quero me despedir do que me faz tão bem, esse sonho, não se perca, volte de onde veio, não pare de chover, não parem a chuva.
 Blues exalam um coração que já cresceu em seus sonhos isolados, não sou diferente, só quero ser a mesma da chuva que não pode parar, ainda caem gotas geladas, ainda existe a noite com luzes lindas, iluminando meus olhos, que quase se fecham com um sorriso de recomeço, porque a chuva ainda não acabou.
     Anônima

 Sem me referir, a solidão invade palavras nunca lidas, é como um enterro sem morte, somente palavras vazias, degradadas pelo esquecimento, não quero ser notada, sou anônima a sua opinião.
 Vago pelos céus em busca de estrelas sem sentido, vá até mim sem me dirigir, palavras flutuantes ao redor dos meus olhos brilham e explodem em busca de sons que descrevam as palavras anônimas.
 Sem mais palavras, sem mais dias de verão só existe neve sobre meus dedos invadidos de palavras angustiantes, num verão chuvoso os relâmpagos fazem o que não possui explicação, tudo estremece, palavras se desfazem e meu coração ainda possui cacos de vidro envoltos a sangue seco.
                 
                                              voltem

Como pode coisas tão pequenas machucarem tanto ? Não sei é tão mais complicado quando não está sozinho.
Não estar sozinho, mais mesmo assim sentir a solidão, um vazio que bate, e você sem poder se afastar do que representa tudo para seu coração, é tão ruim depender tanto da sua gratidão.
 Me ligue, me escreva, faça alguma coisa, isso cansa, sempre esperar pelo que nunca chega, esperar pelo que não  quero ensinar, derrepente viver um dia num conto de fadas, carregada pelas estrelas, sentindo uma fria tempestade no estomago, esperando, esperando, sem saber quando vai acontecer, se é que vai.
 Está noite olhando a lua desejei que seus olhos me levassem a vastidão de  loucuras e insanidade de um lugar em paz, desejei ser má, desejei me desfazer, mais não posso deixar eu mesma, infelizmente não posso.
 As palavras são a única coisa que me restam, mesmo que erradas, dizer em meu pensamento o que não consigo digerir em minha alma, sem sentido algum só eu e eu mesma,  viajando pelas noites solitárias esperando que um dia as borboletas enfim voltem para seu lugar.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

       SEM CORREÇÃO 

Mude o mundo, pensava que eu era a única a acreditar nisso antes de te conhecer, imaginava a ser a única com pensamentos tão insanos e impossíveis, dentre todos imaginava um futuro quase que improvável para todos os que ouviam o meu sonho, mudar o mundo, mais quando eu vi você tudo mudou, percebi que havia alguém como eu, que não julgaria, dizendo ser impossível e inapropriado, e também não me chamaria de louca ou insana por ser eu mesma, sem manter uma imagem adequada aos padrões, que culto não !?
 Mais o que importa é que você apareceu,da mesma maneira que uma estrela aparece no céu em meio a uma noite nublada, ela ilumina todo céu, fazendo ter um brilho diferente das demais estrelas, ela é maior e mais bonita de ser vista, ainda mais quando fica ao lado de uma bela lua minguante, você é a minha estrela e eu quero ser todo céu para você.
 Quero imaginar uma nova ordem e fazer os dias desaparecerem ao seu lado, delimitando galáxias, sobrevoar ao redor do horizonte e oferecer todo brilho do sol, quero ser o som de um tordo, guiando seu caminho, sempre que nos perdermos um do outro, e também quero que juntos possamos mudar o mundo,  porque com você percebi o quanto estamos no caminho certo.
 O som de um violão sobre as nuvens, ecoa, fazendo as montanhas se curvarem para nós, os carvalhos fazem barulho com o som do vento sobre seus galhos, diante da noite que esta próxima, e eu estou do seu lado, nessa floresta infinita do sonhos possíveis, que levam direto para uma noite a luz velas em uma linda vista do mar, bem cima, com a lua, as estrelas, sonhos possíveis, eu e você, por toda a eternidade, enquanto, todo o resto desaparece, e sobra somente esse pedaço de paraíso, ao som de um violão ecoante, dos ventos que uivam melodias mórbidas de felicidade.
 O outono em seus olhos me levaram ao desconhecido, um delicioso desconhecido, porém muito familiar, lá no fundo, igualmente ao seu sorriso, tudo em você faz com que eu me lembre da primavera existente em meu profundo outono, lastimável tentação.
 E derrepente eu encontrei as luzes que procuro desde sempre, em meio a noite, encontrei, em meio a noite, achei você.


-A