domingo, 29 de setembro de 2013

                                    Insana  




Sozinha, ela estava ausente de pensamentos, não haviam pontos de luz em que se agarrar se não comparecer pontualmente ao final, seus castelos desapareceram em pó, suas mãos foram exterminadas para que não mais as sentisse, as lágrimas que ainda caiam eram tão perturbadas que jamais ousaria proclama-las em silencio culposo,, todos as notas que foram tocadas em silencio desapareceram e o amor ao escuro tomou conta.
 Ela não fazia sentido a si própria, foi abandonada de coisas boas, só queri encontra-las, mais era tão feliz em seu labirinto dos sonhos, ela estava encolhida, escondida em seu jardim de rosas mortas, mais uma das rosas estava viva dentro dela, não importa suas mãos estavam geladas, seus dedos eram vermelhos de sangue, seu sorriso havia matado uma centena de estrelas, em seu mundo a morte era dela, em seu mundo tudo não passava de loucura maldosa.
 Tudo era a maior confusão, mil léguas de loucura insana, amarga sem final feliz, a neblina iluminava aos seus delírios oprimidos pela própria opressão soberana, ela era uma assassina de pensamentos, ela era o verdadeiro eu, que manifestava-se nela maior que tudo, sua insanidade era mistica, sua voz penetrava trevas, ela era o pior, ela era eu mesma.



        Folhas mórbidas



Folhas caídas de outono residem nas almas de sementes plantadas no inverno, os sentimentos espalham-se e morrem conhecendo somente a neve e o frio, o calor se foi, não existe intermédios prevalecentes  não existe nada além desta vida, solitária vida, solitária com seus festins de felicidade solitária.
   Todos os toques ainda existem dentro de mim, aquela caixinha de musica ecoando em meus pesadelos, acordando-me e trazendo a alma, tão esquecida em meio a escuridão, de volta a vida, a vida meio cinza meio negra, que conhece somente a pesadelos, mas que não deseja outro conhecido, a vida conformada pelas tristes florestas que a embelezam ao barulho de águas flutuantes, pequenas gotas flutuantes, brilhando pela vasta floresta de sonhos intermináveis  ela é uma galaxia esquecida, uma parte não explorada de algo nunca visualizado com olhos de sabedoria plena.
 Pedaços de seda macia se confundem a pele pálida  aos lábios mórbidos desesperançosos que choram ao saber que a felicidade é a tristeza existente nos vendavais despidos, corruptos, que cortam os arrepios com uma lança de desespero, a procura de caminhos inexistentes, como uma nota errada que espalha-se, ela vaga por tempos vazios, tempos que esculpem minutos sóbrios, como uma arte jamais interpretada, suas lagrimas entristecem as pétalas negras a levando ao oculto pensamento de fim absoluto, iluminado pela lua e proclamado por míseros sentimentos inabalados e conformados, solitários e completos de vazio.