segunda-feira, 18 de agosto de 2014




Como é ter um coração partido? Bem as explicações são inúmeras, mas no fim não tem como definir, as palavras fogem como o sol em meio a uma tempestade, não existem palavras que possam definir essa dor, não existe mais o sol depois da tempestade.
 Ter o coração partido exige que aprenda a andar sozinha, exige solidão, e também que conserte seu coração, pois você sabe que a pessoa responsável por todo o sofrimento é justamente aquela que antes ajudava a secar as lagrimas, era que estava lá, assim como sol, era a pessoa que deixava as coisas mais confortáveis, como um cobertor macio te abraçava e fazia você se sentir mais quente, mais viva, essa pessoa era o tudo no meio do nada, essa era a pessoa responsável por fazer você acreditar na felicidade.
 Agora existe só você tentando se recuperar, as estrelas estão com um brilho menos agradável e a noite parece durar uma eternidade, o passado parece tão distante, as sombras não mostram mais você aqui, e a pior coisa é admitir que você se foi, mais eu ainda gostaria de fazer você sentir o meu amor.

sábado, 5 de abril de 2014


Palavras antes de um adeus

  Estão todos no mesmo quarto que eu, minhas mãos estão geladas, meu coração parou de bater, eu estou observando de longe, quero voltar, dizer pra todo mundo que quero viver, eu quero voltar, mas não vou. Mil lágrimas e nenhuma resposta, será que nunca mais vou abraçar meus pais? Não poderei nem mesmo aproveitar as férias ou ir pra faculdade? Eu quero voltar, eu quero viver.
 Nos últimos dias foi difícil estar viva, eu tentei me levantar, eu nunca quis desistir, a dor que eu sentia não era maior que a vontade de viver, eu só queria estar bem, eu não era do tipo de pessoa que se entregaria para morte, era uma pessoa normal, eu só queria sentir o vento nas noites de verão, ver o por do sol no inverno e fazer piqueniques animados com bolo de morango e suco de uva, no meu último piquenique havia uma linda cerejeira, todos nos sentamos embaixo dela era um lindo dia de sol, sem nuvens e com vento fresco, foi a última vez e parece que o tempo sabia que eu nunca mais sentiria essa sensação, eu me despedi daqueles que amava lindamente.
 Vejo todos derramando lágrimas  por mim, a essa altura acho que não existe um céu, nem ao menos anjos para me guiar, então penso em você meu anjo secreto, que me acompanha desde que desejei acreditar em você, damos as mãos, e de repente fica menos doloroso, uma luz invade, uma música, uma linda canção desenhada num piano.
 Lembro me do mais importante para minha triste alma nesse momento, meu amor, eu deixei você sozinho, olho nos seus olhos e mais lágrimas invadem essa imensa vastidão que nos separa do paraíso, eu quero te abraçar, dizer o quanto eu te amo, mas minhas mãos não alcançam as suas, minha voz não chega até você, estou desesperada, preciso te contar que estou aqui, preciso sentir nós dois, meu coração se quebra em fagulhas dolorosas e sangrentas, grito seu nome, fico a sua frente, tento ouvir sua respiração ofegante, e trabalho para acalma-la parece que você percebeu, está mais calmo, vai ficar tudo bem e você sabe disso, nós sabemos.
...
  Tudo mudou, meus amigos cresceram, eles são felizes, alguns até realizaram seus sonhos, meus pais ainda se lembram de mim, mais é uma lembrança feliz também, trabalhei durante anos para fazer minha lembrança deles boa ao invés de dolorosa e triste, minha mãe aceitou aos poucos, ela ainda consegue me sentir, nos conectamos pelos raios de sol, meu pai me tem no seu coração e nos reflexos do velho espelho de sua garagem, com todas as lembranças da infância, principalmente de quando ele me ensinou a andar de bicicleta, eu estava morrendo de medo, mais confiava nele, meus irmãos estão lindos, confiantes e também conseguem me sentir, com menos frequência, tento aparecer nos seus sonhos, e estou do lado deles nos momentos felizes.
  Por último a parte mais dolorosa de estar morta, o meu amor, você sofreu tanto durante tanto tempo, sou grata por ter sido amada de maneira tão doce, ainda temos os momentos mágicos em nossas lembranças, todos, absolutamente todos os momentos ao seu lado foram os melhores que eu poderia ter, você fez de mim a pessoa mais feliz desse mundo, se pudesse te encontrar novamente diria obrigado.
  Você está melhor agora, no último ano da faculdade, está fazendo o que gosta, e eu estou muito feliz por isso, tem alguns bons amigos, se divertem bastante quando estão juntos, você não sabe mais eu me divirto com vocês, sua irmã está linda, a melhor modelo que eu já vi!
 A parte  mais difícil de todo esse tempo foi quando ela surgiu, você estava sentado em uma lanchonete lendo o último capitulo de Moby Dick, e ela tomando milkshake, escrevendo um poema sobre estrelas, eu invejava ela, com seus cabelos loiros e pele quente, vestindo suéter azul e concentrada na lua , ela mordia o lábio inferior como quem tem uma ideia, Você a avistou e a amou desde o primeiro momento, eu os vejo nos passeios pelo jardim do campus e também nas tardes de domingo em que você se concentra no trabalho e ela nos poemas, eles são realmente bons.
 Fico imaginando se ainda estaríamos juntos, se eu estaria no lugar dela dividindo o macarrão com queijo e a coca diet, ou se acamparíamos ao ar livre na primavera, espero que tivesse acontecido, sinto sua falta como uma criança abandonada, queria poder voltar, sentir seu perfume amadeirado, e te explicar pela milésima vez o que significa um perfume amadeirado, iríamos rir e você me beijaria, um beijo calmo e sincero. Mas ao invés disso estou longe agora, e perto para sempre, estou feliz por ter encontrado o amor novamente, eu sei, ela vai te fazer feliz, e eu agora vou descansar, e esperar pelo dia em que iremos nos reencontrar.
 As pessoas, todos os momentos que fizeram parte da minha vida desapareceram, assim como as nuvens brancas que cobriam o céu no dia em que parti, fui esquecida por muitos, nunca esqueci ninguém, descobri que ser esquecido faz parte de um dia ter existido em algum lugar, demorou até que me desapegasse de tudo o que tinha construído, que deixasse todos viverem sem minha presença, apesar de ainda querer estar viva, fico feliz por todos, meu amor, sinto sua falta, mas sei que a linda garota da lanchonete te fará muito feliz por muitos anos, você me encontrará nos seus sonhos, eu estarei presente no dia do seu casamento, muito feliz, verei você envelhecer e vou te esperar para que um dia você consiga me enxergar novamente, sinta o meu adeus, VIVA.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Cc__4qxyM5c
                                                                                                                                                             

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

    Sobre um coração partido

Hoje quando acordei não havia mais nada...
Alguns meses atrás... Estava doendo tanto, acho que ouvi a mesma musica de superação de Billy Joe uma cem mil vezes, mais um pouco os vizinhos estariam me acompanhando na letra, era uma mistura de choro com desafinação, em apenas um segundo parecia que meu mundo tinha acabado, te perder era um buraco enorme no peito, te perder era acabar com tudo o que me lembrava.
Meu coração quebrou, minha respiração doia, minha fome não mais existia, nada era real em minha mente só a lembrança da sua voz se distanciando da minha em um vazio eterno, você partiu e agora só restava eu, sozinha no meio do espaço, sem espaço algum tentando fugir de mim mesma. Mas um dia a vida acorda, e eu tive que levantar e andar, tive que secar as lagrimas mesmo caindo outras cem no lugar.
 Dia após dia a dor estava amenizando, mesmo ainda machucando de uma forma estrondosa, as lagrimas iam secando, até o momento em que deixaram de existir, mesmo assim ainda estava extremamente machucada, acordava bem, mas cinco segundos depois quando me lembrava que perdi você a dor tomava seu lugar de costume, e eu me acostumei.
 Me acostumei a sentir dor, me acostumei com o coração partido, me acostumei tanto que estava sem vida própria, era um zumbi me alimentando de cada momento ainda presente na minha memória, queria não me lembrar, mas as memórias diziam que tudo tinha sido verdade, então me acostumei com isso também.
 Mais um tempo se passou, e foi quando pensei em mim pela primeira vez desde então, onde estava eu mesma? Não, não estava morta, apenas me enterrei viva sem querer, mais agora estava na hora de sair do buraco negro, me olhei no espelho e vi olheiras, eu não as possuía antes, meu cabelo estava horrível e meu olhar não tinha brilho, senti pena de mim mesma pela primeira vez. Minhas musicas estavam abandonadas, do lado dos sonhos e minhas roupas, velhas, surradas, doía tanto me ver assim que de repente a dor não era pela perda de alguém, mais sim pela minha própria perda.
 Foi tão difícil me encontrar, perdi minhas caracteristicas, perdi meus gostos, eu era um robô em construção da própria alma, e foi nesse momento que percebi que tinha feito tudo errado desde sempre, peguei um livro na prateleira, um batom na penteadeira e comprei roupas novas, mudei o cabelo, sai de casa e fui em busca de quem eu era.
 Com o tempo reaprendi a andar, reaprendi a sorrir, estava feliz meu coração antes despedaçado ia se consertando bem, agora havia apenas uma leve cicatriz prestes a ir embora, não pensava mais em você ao acordar, pensava em qual seria a roupa que iria vestir, então disse adeus pela ultima vez e acabou qualquer vestígio seu.
 Estava curada, era uma nova pessoa, descobri que era incrível e gostava de ser assim me reinventei e estou amando minha revolução até em meus sonhos, meu sorriso agora era por mim, estava bem.
 Foi então que muito tempo depois, distraída e sem planejar encontrei um outro alguém, era como se eu fosse eu, leve e sem cobranças, eu amava a liberdade assim como aquele rapaz, pensávamos em mudar o mundo, pensávamos em ser felizes, não precisei mudar, só precisei amar, só queria amar, e foi assim que conheci o que era amar alguém, me amando em primeiro lugar, o batom ? Ainda estou usando, os livros já troquei milhares de vezes, encontrei a paz buscando a paz, não busquei o amor pois quando comecei a me amar foi como se todo o amor do mundo viesse até mim.


 Para o meu amor...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013


Análise

 Coisas ruins são cognitivas ao pensamento,  e quando colocadas de forma subliminar nem

mesmo o mais sábio conseguirá assimilar uma lógica por trás da astúcia autoral, é tudo tão

superficial e amedrontador que as mais frágeis e belas expressões artísticas são tomadas para

si mesmo em formas representativas de sensações de prazer humano e é desfrutado por sede

harmoniosa e estéril.
 Ou seja, coisas ruins possuem poder energético sobre os quais é de responsabilidade do

próprio ser decidir sobre qual lado deve ser sugado para si, cada lado possui sua própria

consequência que é convertida em energia inexistente num corpo. O medo exprime funções

muito além da capacidade de discernimento humano, é como se tudo que fosse indiferente de

sua essência se transformasse em adernos hostis ao corpo reprimido.
  O medo possui camadas de silencio para se esconder dos mais frágeis infelizes que

desfrutam da sua capacidade de desentendimento, suas consequências ecoam por passagens

inalcançáveis e inacabadas é como se não houvesse sequer explicação, mas pelo contrario, o

medo é uma das coisas mais belas de que o ser humano pode ser tomado.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

 Primeiro, segunda e terceiro 

As luzes coloridas já estão me enlouquecendo, e as canções natalinas ainda mais, é estranho estar sozinha no natal, porém é agradável ter boas companhias, mesmo que de um gato peludo e ranzinza, mais que nunca me abandonou, ao contrario de vocês três.
 Como sempre esta chovendo, odeio mais ainda o natal quando chove, mais a ideia de calor também é insuportável, ou seja esta melhor assim, uma pitada de depressão natalina em minha vida deprimente, ironias da vida. A cidade esta deserta, fico imaginando as pessoas reunidas naquela hipocrisia que só o natal pode dispor, pessoas que se odeiam derrepente fingem estarem felizes umas com as outras, mais no fim só estão decepcionadas e frustradas demais para lidarem com isso.
 Eu como sempre estou isolada, não que eu seja melhor que ninguém só não quero mais fingir, está ai um verbo que acaba com coisas que podem ser mágicas, e sim eu não acredito na magia do natal, eu não espero mais um príncipe saído das profundezas do paraíso que vai salvar o natal,  no final também não vai tocar uma musica magica nem nada, enfim eu só estou na minha como sempre, índie no velho rádio de pilha, cappuccino na caneca com desenho brega comprada naquela velha feirinha de hippies e meu casaco azul que imita flocos de  neve, sou eu, sem ter que ficar diferente de mim só para agradar pessoas que eu não quero nem ver, não vale a pena ver ninguém.
 Nunca vou direto ao ponto, mais é que não existe ponto especifico porque só estou aqui escrevendo palavras ao vento, só queria me despedir dos três da maneira correta, não que eu vá me suicidar, sou muito depressiva para tal ato de coragem extrema, mais é que passei muito tempo tentando me enganar dizendo que vocês saíram da minha cabeça, mais era mentira até então, e como sou uma solitária cheia de rituais, prefiro me despedir com um ritual também, o ritual dos três, e o irônico é saber que nenhum dos três foi meu de verdade, enfim só quero poder fazer algo que me contente em relação as histórias frustrantes da minha vida, então aqui vai.
 O primeiro, que não foi primeiro nem segundo, só foi um de um tempo, eu confesso que sou um pouco mais complicada e cheia de complexos mais ele também não aparentava bater muito bem da cabeça, é bom saber que posso rir um pouco de alguém um pouco pior que eu, a gente mal se falou, e isso foi o suficiente para eu entender o que é acreditar, e ai vai  a lição dos contos de fadas da Disney, não confie em quem nem questiona uma mentira evidente. Eu encontrei você a pouco tempo, e só então percebi que somos inocentes, mais sou amarga demais e um dos meus ideais é que segundas chances não devem acontecer, quero dizer se alguém já te magoou parta para outra e siga seu caminho, e assim eu me despeço de você primeiro, até a próxima esbarrada na rua, mais dessa vez nem vou mais me lembrar, porque nesse momento você está virando fumaça, esse é meu ritual, essa sou eu.
 A segunda, sim é segunda no feminino, sou do tipo que acredita no amor, velha romântica, que sempre se ferra por acreditar, e que já está se cansando disso, mais com você foi diferente porque eu fui quem te magoou, devia ter te levado mais a sério, tanto é que já escrevi uns dez textos tentando me retratar, sinto pois sei que você nunca lerá nenhum, mais não vou ficar chorando por isso, eu te magoei, fui covarde, uma verdadeira bitch, eu amo essa palavra me traduz de diversas formas, mais você também foi uma garota má no final, não vou te culpar por isso e também não pedirei desculpas por ter sido medrosa só queria mais coragem, mas sinto que seria uma coragem ao errada tentar ser outra pessoa. Ficava imaginando realidades muito menores do que eu realmente quero quando estava com você, desisti de ser alguém e isso fez eu perceber que estava morrendo por dentro, o que quase me matou, portanto adeus, tudo de bom, e obrigada por me ensinar tanta coisa.
 Agora o terceiro... ai o terceiro... Meus caros leitores eu não vou me importar com regras ortográficas por simplesmente ser péssima nessa matéria, então se contentem com essa grafia erronia uma verdadeira lástima, vou até mudar a musica agora vou colocar um jazz regado a bebida forte numa noite em New York, uma noite frustrante para falar a verdade.
 Eu realmente gostava de você, daquele jeito sabe, de ficar nervosa e tudo mais, só que como nos filmes me tornei sua amiga e me ferrei, e para piorar minha melhor amiga era muito linda e perfeita perto de mim ai é que a burrada está feita, junta com o meu mal humor e meu anti-socialismo e pronto a fórmula perfeita para detonar um relacionamento, bem foi isso né, agora sim posso dizer, o terceiro me enganou muito bem, com chuva e teias de aranha (se algum dia você ler terceiro, vai entender muito bem), e no final acho que tinha um pouco de vergonha por eu ser tão esquisita perto do tipo ideal, (esse texto ta muito adolescente). Não sei como me despedir, estou feliz, quero que saiba, apesar de complicada eu consigo ser tão feliz como Buda rindo com seus rins, outra coisa que você deveria saber é que naquela noite, a última, eu fiquei aliviada porque entendi de vez que tinha acabado e já estava cansada de tentar, isso é tão frustrante quanto não tentar, no final nem consigo me expressar muito bem sobre você, porque eu gosto disso, encerar de maneira discreta silenciosa, pelos cantos, e realmente nunca mais voltar.
 Primeiro, segunda, e terceiro, muito obrigada, pois sem vocês minha vida não seria tão perfeita assim, e finalmente, depois de muitos finais, Adeus, virem fumaça, e no meu ritual imaginário do natal  nunca mais voltem... 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013


                               Não pare de chover


 Por favor não pare de chover, não agora, ainda preciso de mim, ainda preciso me lembrar dos sonho que foram esquecidos, da paz que foi embora, cadê eu?
 Não se feche em um mundo esquecido continue aqui, comigo, por favor não pare de chover, venha a meu encontro, sorria de novo, faça eu me sentir como quando ainda estava chovendo, o som do piano ainda está gravado? Ou será só ilusão, se eu nasci para sentir, porque os sentimentos me abandonaram, onde estou? Perdida entre o que me aprisionei? Será isso, não quero me despedir do que me faz tão bem, esse sonho, não se perca, volte de onde veio, não pare de chover, não parem a chuva.
 Blues exalam um coração que já cresceu em seus sonhos isolados, não sou diferente, só quero ser a mesma da chuva que não pode parar, ainda caem gotas geladas, ainda existe a noite com luzes lindas, iluminando meus olhos, que quase se fecham com um sorriso de recomeço, porque a chuva ainda não acabou.
     Anônima

 Sem me referir, a solidão invade palavras nunca lidas, é como um enterro sem morte, somente palavras vazias, degradadas pelo esquecimento, não quero ser notada, sou anônima a sua opinião.
 Vago pelos céus em busca de estrelas sem sentido, vá até mim sem me dirigir, palavras flutuantes ao redor dos meus olhos brilham e explodem em busca de sons que descrevam as palavras anônimas.
 Sem mais palavras, sem mais dias de verão só existe neve sobre meus dedos invadidos de palavras angustiantes, num verão chuvoso os relâmpagos fazem o que não possui explicação, tudo estremece, palavras se desfazem e meu coração ainda possui cacos de vidro envoltos a sangue seco.